Porque, de complexo, já temos Morin. J
Memórias do Cockpit
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domingo, 25 de dezembro de 2016
Uma reflexão sobre a atuação de pragmáticos e reflexivos em 2016 e a projetação de 2017: uma análise plural.
Porque, de complexo, já temos Morin. J
sábado, 9 de abril de 2016
O problema do problema do design – Resenha Kees Dorst
quinta-feira, 17 de março de 2016
A banca do Mestrado é libertadora
quinta-feira, 10 de março de 2016
O banco do futuro na ótica do Designer
Não existe pesquisa sem um problema bem definido. Se o problema não for bem definido, a pesquisa e o projeto de design serão prejudicados e os resultados serão vazios. Um dos principais problemas abordados por Friedman no artigo, diz respeito exatamente à evolução do projeto de pesquisa a partir da definição do problema (“o problema vem primeiro”), com a aplicação dos métodos de pesquisa, abordagem e desenvolvimento da teoria, ponto de partida para a definição das soluções.
O único consenso que existe no mercado atualmente sobre como será o banco do futuro diz respeito à distância do cliente da agência bancária. Ou seja, todos pensam assim e acreditam que tudo pode ser resolvido com um aplicativo.
Ora, se o design é o campo onde se pensa soluções novas, inovadoras, por que não então, justamente desenvolver uma solução criativa para o banco do futuro, que seja mais que um aplicativo? O banco do futuro não se constrói apenas a partir de Fintechs bem-intencionadas. Provavelmente, designers precisarão engajar-se no entendimento das necessidades dos clientespara saber onde os bancos poderão ajudar eque ferramentas serão usadas.
A ótica do designer fica bem clara no artigo, quando o autor propõe, com a citação de Whetten, que as questões devem ser respondidas pelos quatro elementos de qualquer teoria: what, how, why, who, where, when. Podemos traduzir as questões por uma metodologia “5W1H”. Se estivéssemos falando no campo da administração, acrescentaríamos o “how much” (5W2H).
Por que o designer não deve se preocupar com o “how much”? Por que o designer não pode estar atento a custos, viabilidade financeira, investimento e retorno. O designer deve propor soluções criativas para problemas complexos da sociedade. Do contrário, a criatividade estará presa a uma âncora que não é (e não deve ser) de conhecimento do designer. No caso do banco do futuro, colocar um aplicativo em lugar do banco atual, seria uma solução proposta por um “administrador” preocupado com custos(preocupação “do banco para as pessoas”). Simples: os clientes sairiam das agências e o problema estará resolvido. Porém, é isso mesmo que o cliente espera?
Entendo que as soluções devem ser desenvolvidas “das pessoas para os bancos”.Assim, a proposta do projeto será exatamente identificar as necessidades do ponto de vista das pessoas, coletando informações e identificando desejos que justifiquem a preocupação com a experiência do usuário ao usar um banco.
FRIEDMAN, K. Theory construction in design research criteria: approaches, and methods. Design Studies, Oxford, v. 24, p. 507-522, 2003.
sábado, 10 de outubro de 2015
Cocoricó
Mas não gostava de ser chamado assim. Na hora da chamada, quando o professor chamava "Thiago", que vinha antes dele, na ordem, o Thobias já antecipava "eu também, presente", na tentativa de que o professor marcasse sua presença sem chamá-lo pelo nome. Na maioria das vezes funcionava, mas o professor de álgebra fazia de propósito: "hum... sim, o Thobias das Dores, está lá... presente, obrigado Thobias". E assim ele ia. Íamos.
Ele gostava mesmo que o chamassem de Bita. Só isso.
Como disse, o Bita era meu amigo. E um artista e tanto. O sonho dele sempre foi ser político. Ele dizia que a carreira pública o atraía pois era fácil para ele e acreditava que tinha a habilidade que um cargo na prefeitura, no governo ou no parlamento exigia. Claro, para quem um dia interpretou Getúlio Vargas (sério, fizemos isso no segundo grau), trabalhar na carreira política seria barbada. Sempre achei que ele seria prefeito, governador, quem sabe até presidente do país. Errei.
Na semana passada eu estava almoçando num restaurante perto do meu trabalho e entra um sujeito esquisito, apressado, vestido de branco, cabelo branco, mas não da idade. Era farinha. Pude ter a certeza quando ele esbarrou numa cliente vestida de preto, que estava servindo do buffet. Espalhou farinha para todos os lados, salpicando com pequenos pontos brancos o casaco preto da cliente perto dele.
Olhei melhor, observei e vi que aquele rosto era conhecido. Entregou alguns pães e discos de pizza para alguém do restaurante e se dirigiu ao caixa. Quando ele disse "são duzentos reais", tive a certeza de que era o Bita. Não me contive, levantei e quando ia perguntar ele se antecipou: "sim, sou eu, o Bita, presente". Obviamente, com medo de alguma coisa, mas acabamos rindo bastante daquele reencontro.
Foi uma grata surpresa para os dois. Perguntei se ele já tinha almoçado e, depois de muita insistência, ele decidiu sentar-se e comer um prato de sopa comigo.
Conversamos por cerca de 40 minutos. Contou-me das suas experiências (inclusive na política) depois do colégio e o motivo de estar hoje vendendo pães nos restaurantes. Depois de um suspiro ele me respondeu resumindo toda a conversa daquele almoço: "olha, existem 4 tipos de galinha. As que não cacarejam, as que cacarejam e põem ovos, as que cacarejam e não põem ovos e as que só cacarejam, com os ovos dela, com os ovos dos outros e mesmo sem ovos. E olha, eu me dei conta que eu sou uma galinha que só põe ovos. Não tenho saco para cacarejar aqui e ali. E por isso decidi abrir uma padaria e pôr ovos todos os dias. Meu negócio é pôr ovo! Entende?".
Isso me faz lembrar a dura vida corporativa de hoje em dia. Muita gente querendo roubar seus ovos e dizer que são delas.
O Bita abriu uma padaria e estava planejando abrir uma filial. O Bita, quem diria, de político, virou empreendedor. E está apenas pondo ovos. Todos os dias.
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Esse é um texto de ficção. Qualquer semelhança com nomes fatos ou acontecimentos, é mera coincidência. Obrigado aos amigos CG e FS.
Design de Experiência
Rodrigo
terça-feira, 26 de maio de 2015
#VoltaFordT
Depois do Novo Fiesta, do Novo Fusion, do Novo Focus e do Novo Ka, vem aí o Novo Ford T.
Aguardem!
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Claro, é brincadeira. Mas bem que poderia ser verdade. Há tempos que eu queria escrever e publicar um texto sobre o Ford T, mas eu estava aguardando o dia de hoje. Admito, o primeiro rascunho desse texto estava aqui, aguardando, nos rascunhos do blog.
Isso porque, hoje, nesse mesmo dia 26/05, no ano de 1927, a Ford produzia a última unidade do Ford T. Durante quase 20 anos no início do Século XX, o veículo foi responsável por movimentar a economia e dinamizar a sociedade americana, antes da grande depressão, em 1929.
Foram 15 milhões de unidades produzidas. O preço inicial do Ford T era de 850 dólares (em torno de 20 mil dólares a valores de hoje). O Ford T e a indústria automotiva de Henry Ford motivou inclusive a construção de uma fábrica de borracha e pneus aqui no Brasil, para a empresa não ficar na dependência apenas da borracha asiática. Essa história é pouco conhecida: o Projeto Fordlândia (hoje município de Aveiro, no PA) existiu sim. Mas isso é outra história... (para saber mais: Fordlandia: The Rise and Fall of Henry Ford's Forgotten Jungle City, de Greg Grandin).
Agora, voltando ao Ford T: imaginem, mais de 100 anos depois, um Ford T totalmente remodelado, elétrico, compacto, sustentável, (automático também?), lançando tendências mundiais de eficiência, conceito e design. A Ford teria a chance de sair na frente de novo. Assim como foi há mais de 100 anos atrás.
Patrimônio da Ford, o T por si só, já tem o apelo necessário que precisaria. E nem precisaria tanto esforço publicitário.
"T" é apenas uma marca, um nome. Assim como o "Ford Ka". Mas com o "T" seria diferente: não haveria chances para falhas. Seria uma chance única. Qualquer deslize no projeto, poderia arruinar a imagem da Ford. Talvez seja por isso que ninguém pensou nisso antes, né? Está bem, o "T" fez história, está lá, ninguém pensa em arriscar a sua reputação com um projeto tão arriscado como esse.
De qualquer forma, inovação também é repensar o velho para inventar o novo. Mas um pouco de coragem nesse caso, também é bem-vinda.
#voltafordT.
Nem que seja na forma de "carro-conceito"...
domingo, 3 de maio de 2015
A vida "appzada"
quinta-feira, 24 de julho de 2014
Forth Worth e Texas Christian University: uma grande experiência.
terça-feira, 22 de julho de 2014
Diário de Fort Worth - Ano 3 - Dia 12
Entre os pontos de maior destaque:
a) por que inovar?: as Cooperativas devem pensar de uma forma inovadora. Em um dos slides (foto), ele defende que a agência virtual deve ser a maior agência da Cooperativa. O desenvolvimento de novos canais é fundamental;
b) automação: é o tema que mais apareceu nas aulas que tivemos por aqui. Todas as Cooperativas devem pensar em automatizar cada vez mais os seus processos;
c) compartilhamento de espaços: uma alternativa para redução de custos, já praticada por alguns bancos nos Estados Unidos, é dividir o mesmo espaço físico com uma empresa de conveniência (no exemplo que vimos, uma Starbucks). Imagine, dentro de uma agência bancária, uma cafeteria...
d) o dilema das agências físicas: segundo ele, as instituições financeiras em geral já começaram a sentir os impactos de ter uma agência física muito grande, o que geram custos muito altos. Os bancos agora precisam decidir entre fechar agências, diminuir seus tamanhos, tornar os processos internos mais simples, investir mais no "mobile". As Cooperativas precisam começar a treinar seus usuários a usar os canais eletrônicos;
e) Agência Apple: também ilustrou como as Cooperativas podem treinar os seus associados tornando parte da agência como se fosse um "espaço Apple", com tablets, smartphones e computadores com colaboradores incentivando os associados a serem treinados a usar os canais eletrônicos: "o Sr./Sra. já conhece o nosso aplicativo para smartphone? Gostaria de testá-lo? Vai levar só alguns minutos". Isso é inovação!
Bom pessoal, por hoje é só.
Amanhã, dia da graduação na 42ª Cerimônia da SCMS.
Até amanhã.
segunda-feira, 21 de julho de 2014
Diário de Fort Worth - Ano 3 - Dia 11
Como tem sido com todas as aulas do programa, hoje foi mais um dia de aulas bem proveitosas e interessantes, com um bocado de material.
Na primeira parte da tarde, aula de Inovação (o curso é recheado com esse tipo de aula) com o Filene Research Institute (http://filene.org/), um instituto de pesquisa de Wisconsin focado no assunto, que também realiza consultorias para as Cooperativas daqui. Destaque para o fato de que praticamente a cada aula os alunos comentam assuntos relacionados à necessidade de automação das Cooperativas de Crédito, seja fornecendo mais ferramentas para acesso dos associados (facilidade no acesso aos serviços), seja para simplificar processos. Aqui eles também estão preocupados com o custo de implantação de agências, assunto também comentado hoje
Nessa mesma aula de inovação, como não poderia deixar de ser, também vimos conceitos de Design Thinking. Em um dos exercícios que fizemos, a dinâmica foi a seguinte:
a) escolher 2 palavras entre as disponíveis para o grupo (no nosso caso, 6);
b) a partir dessas 2 palavras escolhidas, a ideia era citar atributos que a qualificassem;
c) depois disso, o grupo devia montar uma frase com soluções inovadoras para determinado problema de sua Cooperativa.
No nosso grupo, o resultado foi o seguinte:
- palavras: escova de dentes, Papa
- atributos da escova de dentes: limpa, é flexível, possui variedade, é barata, uso diário, preço acessível;
- atributo do "Papa": pessoa sagrada, confiável, nobre, fiel, sapatos vermelhos, líder.
- problema da Cooperativa: como nós podemos convencer clientes de bancos migrarem suas contas para a nossa Cooperativa de Crédito?
Cada um fez a sua frase. A minha frase foi a seguinte: "as Cooperativas de Crédito oferecem uma variedade de serviços para uso diário, proporcionado por colaboradores confiáveis que lideram a arte de prestar serviços a preços acessíveis para os associados".
Ok, pode não ter ficado uma frase sonora, completa, mas foi bem divertido o exercício e ele cumpriu o seu papel. Mais uma dinâmica de Design Thinking.
Na segunda parte da tarde, tivemos o já conhecido firechat.
Na dinâmica, um mediador conduz a discussão de temas de interesse das Cooperativas. O primeiro deles, novamente, foi sobre automação. O segundo, a turma discutiu o que a sua Cooperativa tem feito para inovar na formação de pessoas.
Por hoje é só.
Volto amanhã com as aulas de Compliance e à tarde, pensamento estratégico e plano de comunicação. Penúltimo dia de aula.
Abraço!
Drops de Fort Worth
sexta-feira, 18 de julho de 2014
Diário de Fort Worth - Ano 3 - Dia 8
quinta-feira, 17 de julho de 2014
Diário de Fort Worth - Ano 3 - Dia 7
Drops de Fort Worth
quarta-feira, 16 de julho de 2014
Diário de Fort Worth - Ano 3 - Dia 6
terça-feira, 15 de julho de 2014
Diário de Fort Worth - Ano 3 - Dia 5
Diário de Fort Worth - Ano 3 - Dia 4
Abraço!
segunda-feira, 14 de julho de 2014
CUNA Presentation
domingo, 13 de julho de 2014
sábado, 12 de julho de 2014
Diário de Fort Worth - Ano 3 - Dia 1
sábado, 28 de junho de 2014
Ramones: um foguete para a Rússia
O primeiro disco de vinil que comprei com a minha mesada, no ano de 1988, foi do TNT (o primeiro disco de uma das bandas que mais influenciaram o rock gaúcho nos anos 80). Lembro que foi uma festa só: escutava o lado A, depois o lado B, depois o lado A, quase todos os dias. O som dos caras era realmente bom. Mas não quero falar sobre o TNT agora.
Rocket to Russia foi gravado em 1977. Mas no Brasil, o estouro mesmo só ocorreu em 1988 justamente com Surfin' Bird. Na época, eu já tinha começado a ouvir outras bandas como Engenheiros do Hawaii, Paralamas do Sucesso, e por aí vai. Era uma coisa diferente da outra.
Mas tinha alguma coisa interessante naquele Rocket to Russia. Todas as músicas pareciam a mesma coisa: os mesmos acordes, as mesmas batidas. Exceto pelo ritmo, claro, e a voz de um cara chamado Joey Ramone, que variava bastante o tom a cada faixa. Depois de escutar o disco todo, várias vezes e conhecer cada faixa, fiquei sabendo que Surfin' Bird não havia sido criada pelos Ramones, mas sim pelo The Trashmen, que a banda tinha uns 6 ou 7 discos já lançados, e que aquele Rocket to Russia era o primeiro e único lançado no Brasil até então.
Em 1990 eu já conhecia boa parte do trabalho dos Ramones, todos os títulos e grande parte das faixas. Foi quando dei de cara com um vinil importado de Subterranean Jungle, de 1983, num Ramones quase irreconhecível em relação aos primeiros trabalhos. Àquelas alturas, já havia decidido: iria em busca de todos os títulos dos Ramones, para conhecer o trabalho inteiro de ponta a ponta.
Em 1991, em consequência do estrondoso sucesso dos anos anteriores, a SIRE e Warner Music do Brasil já haviam lançado mais 3 títulos: Ramones (o famoso "primeiro"), o Leave Home (o segundo) e Road to Ruin (o quarto), além do Rocket to Russia (o terceiro). Em 1998, comprei o último título que faltava para a coleção: Animal Boy. Era um título difícil de conseguir. Só importando mesmo.
Cretin Hop
Rockaway Beach
Here Today, Gone Tomorrow
Locket Love
I Don't Care
Sheena Is a Punk Rocker
We're A Happy Family
Teenage Lobotomy
Do You Wanna Dance?
I Wanna Be Well
I Can't Give You Anything
Ramona
Surfin' Bird
Why Is It Always This Way
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