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quinta-feira, 24 de julho de 2014

Forth Worth e Texas Christian University: uma grande experiência.


Há 2 anos, eu iniciava minhas aulas aqui em Fort Worth, TX: participei de um excelente curso promovido pela Southwest CUNA Management School (SCMS). Desde 2012, a TCU (Texas Christian University) foi "minha casa" por 12 dias no mês de julho.

Foi uma grande experiência. Eu diria "inexplicável", mas como estou escrevendo aqui no blog, tentando contar um pouco dessa jornada, obviamente que o termo não se aplica...

Pois bem, nesse tempo aprendi muita coisa da cultura americana (comida, como é a rotina, comércio, atendimento ao cliente) e de como funcionam as Cooperativas de Crédito daqui. Elas têm uma dinâmica bem diferente da nossa no Brasil, mas acredito que um dia eles chegarão perto das nossas. Aliás, já estão no caminho.

Foram 2 anos (2012-2014) trocando experiências com as mais diferentes Cooperativas de Crédito americanas, no Campus da TCU. Por 12 dias por ano, vivi como um típico universitário americano, morando nos dormitórios da Universidade, tomando café da manhã com ovos mexidos e almoçando hambúrguer ou pizza.

Também aprendi um pouco mais sobre os Estados Unidos: o Tratado de Guadalupe Hidalgo, sobre a cessão de estados mexicanos para os Estados Unidos em troca de uma dívida de 15 milhões de dólares em 1848, que entre os estados cedidos estava a atual Califórnia, que o Texas antes de ser território norte-americano era uma República (a República do Texas), que os residentes na época votaram a favor da anexação aos Estados Unidos. Descobri também que o Alaska foi comprado da Russia em 1867 e que Lee Oswald (suposto atirador do Presidente Kennedy) viveu aqui em Fort Worth, que fica bem ao lado de Dallas.

Aliás, Dallas é um pedaço de história. Sempre gostei da história do Presidente Kennedy e em 2012 pude conhecer o Dealey Plaza, sentei no gramado onde em 22/11/1963 centenas de pessoas assistiram a Comitiva do Presidente passar e ser abreviada por Lee Oswald. Aprendi mais sobre Kennedy e sobre Oswald. Li Stephen King (Novembro de 63) e também conheci o Stockyards, berço da bolsa de mercadorias dos Estados Unidos.

Uma das coisas mais legais que a gente vê por aqui são as bandeiras norte-americanas na frente da maioria das casas.Todos sentem muito orgulho do seu país. Muitos discordam disso ou daquilo, mas todos acreditam no futuro da nação, parafraseando Renato Russo.

Na bagagem, ao final desses 2 anos, além do diploma de graduação (juntamente com o amigo e colega de trabalho, Thiago Coutinho, sou o segundo brasileiro e terceiro estrangeiro graduado pela SCMS) levo novos conhecimentos: contabilidade, regulação financeira americana, normas diversas, segurança, inovação, liderança, comportamento, filosofia, economia, entre tantos outros. 

Desde o primeiro dia que cheguei aqui, tinha certeza de que seria uma jornada e tanto. E foi mesmo.

Um abraço!

terça-feira, 22 de julho de 2014

Diário de Fort Worth - Ano 3 - Dia 12

Bom dia pessoal!

No penúltimo dia de aula na SCMS, duas disciplinas: compliance para recursos humanos pela manhã e colaboração e inovação à tarde.

Pela manhã, o que parecia que seria mais uma aula de normas e leis, se transformou numa grata surpresa: o mote de apresentação do speaker Mike Blalack (http://www.blalackandwilliams.com/) foi uma aula de dicas para as Credit Unions em relação a Recursos Humanos. Entre as dicas do escritório que representa mais de 200 Credit Unions nos Estados Unidos, eles citam a descrição da posição de trabalho, acompanhamento periódico dos colaboradores bem como registro formal de feedbacks, como fundamentais para a correta condução de um processo de desenvolvimento de pessoas.




À tarde, a aula foi com o Sr. Dave Peterson (http://www.gigmasters.com/Keynote-Speaker/David-L-Peterson), um speaker profissional. Como não podia deixar de ser, tivemos várias dinâmicas bem interessantes durante a tarde toda com jogos de estratégia praticados em grupos.

Entre os pontos de maior destaque:

a) por que inovar?: as Cooperativas devem pensar de uma forma inovadora. Em um dos slides (foto), ele defende que a agência virtual deve ser a maior agência da Cooperativa. O desenvolvimento de novos canais é fundamental; 

b) automação: é o tema que mais apareceu nas aulas que tivemos por aqui. Todas as Cooperativas devem pensar em automatizar cada vez mais os seus processos;

c) compartilhamento de espaços: uma alternativa para redução de custos, já praticada por alguns bancos nos Estados Unidos, é dividir o mesmo espaço físico com uma empresa de conveniência (no exemplo que  vimos, uma Starbucks). Imagine, dentro de uma agência bancária, uma cafeteria...

d) o dilema das agências físicas: segundo ele, as instituições financeiras em geral já começaram a sentir os impactos de ter uma agência física muito grande, o que geram custos muito altos. Os bancos agora precisam decidir entre fechar agências, diminuir seus tamanhos, tornar os processos internos mais simples, investir mais no "mobile". As Cooperativas precisam começar a treinar seus usuários a usar os canais eletrônicos;

e) Agência Apple: também ilustrou como as Cooperativas podem treinar os seus associados tornando parte da agência como se fosse um "espaço Apple", com tablets, smartphones e computadores com colaboradores incentivando os associados a serem treinados a usar os canais eletrônicos: "o Sr./Sra. já conhece o nosso aplicativo para smartphone? Gostaria de testá-lo? Vai levar só alguns minutos". Isso é inovação!

Bom pessoal, por hoje é só.

Amanhã, dia da graduação na 42ª Cerimônia da SCMS.

Até amanhã.






segunda-feira, 21 de julho de 2014

Diário de Fort Worth - Ano 3 - Dia 11



Como tem sido com todas as aulas do programa, hoje foi mais um dia de aulas bem proveitosas e interessantes, com um bocado de material.

Pela manhã, começamos com a aula de "Comunicação - Como comunicar sua mensagem". Nos slides, a importância da comunicação, os conceitos relacionados ao emissor, a decodificação e a interpretação do interlocutor (receiver). Fizemos exercícios entre pares e grupos, de como comunicar sua mensagem e também de como ouvir. Um dos requisitos principais da boa comunicação é evitar conclusões precipitadas ou percepções equivocadas. Aliás, um dos exercícios feitos em aula foi de como a nossa mente procura os caminhos mais fáceis para preencher espaços vazios, seja da comunicação, seja visual.

Na primeira parte da tarde, aula de Inovação (o curso é recheado com esse tipo de aula) com o Filene Research Institute (http://filene.org/), um instituto de pesquisa de Wisconsin focado no assunto, que também realiza consultorias para as Cooperativas daqui. Destaque para o fato de que praticamente a cada aula os alunos comentam assuntos relacionados à necessidade de automação das Cooperativas de Crédito, seja fornecendo mais ferramentas para acesso dos associados (facilidade no acesso aos serviços), seja para simplificar processos. Aqui eles também estão preocupados com o custo de implantação de agências, assunto também comentado hoje

Nessa mesma aula de inovação, como não poderia deixar de ser, também vimos conceitos de Design Thinking. Em um dos exercícios que fizemos, a dinâmica foi a seguinte:

a) escolher 2 palavras entre as disponíveis para o grupo (no nosso caso, 6);
b) a partir dessas 2 palavras escolhidas, a ideia era citar atributos que a qualificassem;
c) depois disso, o grupo devia montar uma frase com soluções inovadoras para determinado problema de sua Cooperativa.

No nosso grupo, o resultado foi o seguinte:

- palavras: escova de dentes, Papa
- atributos da escova de dentes: limpa, é flexível, possui variedade, é barata, uso diário, preço acessível;
- atributo do "Papa": pessoa sagrada, confiável, nobre, fiel, sapatos vermelhos, líder.
- problema da Cooperativa: como nós podemos convencer clientes de bancos migrarem suas contas para a nossa Cooperativa de Crédito?

Cada um fez a sua frase. A minha frase foi a seguinte: "as Cooperativas de Crédito oferecem uma variedade de serviços para uso diário, proporcionado por colaboradores confiáveis que lideram a arte de prestar serviços a preços acessíveis para os associados". 

Ok, pode não ter ficado uma frase sonora, completa, mas foi bem divertido o exercício e ele cumpriu o seu papel. Mais uma dinâmica de Design Thinking.

Na segunda parte da tarde, tivemos o já conhecido firechat.



Na dinâmica, um mediador conduz a discussão de temas de interesse das Cooperativas. O primeiro deles, novamente, foi sobre automação. O segundo, a turma discutiu o que a sua Cooperativa tem feito para inovar na formação de pessoas.

Por hoje é só.

Volto amanhã com as aulas de Compliance e à tarde, pensamento estratégico e plano de comunicação. Penúltimo dia de aula.

Abraço!





Drops de Fort Worth



Sim, eles existem. 

Aqueles pedaços suculentos de carne que eu só via nos desenhos do pica-pau quando eu era criança, existem aqui no Texas. São os "T-Bones".

Brincadeira... no Brasil tem também: é a nossa "chuleta". Porém, mais encorpada. Esse é o autêntico T-Bone americano.

Está servido?









sexta-feira, 18 de julho de 2014

Diário de Fort Worth - Ano 3 - Dia 8


A aula dos desafios da liderança hoje cedo foi uma das mais legais de todo o programa. Com uma dinâmica bem descontraída, construímos a nossa Missão, Visão, Valores e Princípios pessoais. Na foto acima, a turma toda, de uma forma colaborativa, colocou em post-its ideias para a construção dos valores pessoais. Na sequencia, os alunos compartilharam das ideias uns dos outros e montaram o seu perfil.

Na aula da tarde, inovação e tendências, um show de como prender a atenção da turma com o speaker Mark Sieverwrigth, Presidente de Soluções para Cooperativas de Crédito da Fiserv (*). No primeiro slide, colocou o logo da Copa do Mundo no Brasil, o meu nome e do Thiago e agradeceu pelo "nosso país" ter feito uma Copa do Mundo memorável e extremamente bonita e organizada.

A apresentação toda foi baseada nas tendências digitais, passando pelos exemplos comuns, mas sempre importante de lembrar, como Kodak, Blockbuster, Netflix, Samsung x Apple, traçando um comparativo com os dias atuais e, novamente, tendências.

No final, ele propõe um desafio: pensem no que a sua Cooperativa tinha em relação a automação, sistemas e soluções tecnológicas em 1994 (20 anos atrás). Agora, pense no que tem hoje. E, para finalizar, pense no que ela poderá ter em 2034.

As soluções que ainda estão por vir, não estão nem perto do que hoje já foi desenvolvido. Ainda mais com o Big Data. Nem podemos imaginar.

Abraço e até segunda-feira, com o antepenúltimo dia de aula por aqui.


(*) A Fiserv é líder em desenvolvimento tecnológicos para o segmento financeiro nos Estados Unidos (www.fiserv.com).

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Diário de Fort Worth - Ano 3 - Dia 7



Primeira semana de aulas quase terminando.

Bom, pela manhã tivemos aula de Compliance e Regulação, com instrutores da própria Cornerstone League. Os speakers procuraram apresentar o fluxo de como uma regulação do Cooperativismo passa antes de ser aprovada e aplicada. Como os órgãos são muitos e as normas também, eles chamam de “Alphabet Soup Regulation”. É muita coisa mesmo.

À tarde, a apresentação ficou por conta da CEO da Cooperativa “Coopera” (http://www.cooperaconsulting.com/). É uma Cooperativa especializada no atendimento de Hispânicos e Latinos, imigrantes nos Estados Unidos que não têm acesso aos bancos ou que têm, mas não são integralmente atendidos. Ontem eu disse que a apresentação era sobre “Filosofia nos negócios”, certo? Pois a aula toda foi concentrada no novo formato de negócios e especialização e também sobre inovação.

Nesse contexto, a CEO passou um vídeo para a turma, mostrando a nova realidade americana. Recomendo: https://www.youtube.com/watch?v=pQnhuj11zgI. Outro vídeo que ela passou foi sobre o Big Data (https://www.youtube.com/watch?v=449twsMTrJI), que mostra o que vem por aí.


Por hoje é só, pe-pe-pe-pessoal. Volto amanhã com os Desafios da Liderança (manhã) e Tendências de Negócios, Tecnologia e Inovação (tarde).

Abraço!

Drops de Fort Worth


Na terça-feira passada, logo cedo, tivemos problemas no ar condicionado da sala de aula. Não funcionava e a temperatura começou a subir.

Dois minutos mais tarde, uma funcionária da Universidade entrou na sala, pediu desculpas, informou que já estavam consertando e ofereceu garrafas de água e gelo (foto) para a turma toda, seguido de novo pedido de desculpas.

Na melhor das expectativas, a julgar pelo pedido de desculpas da Universidade, esperava que o ar voltasse a funcionar à tarde. Mas não. O ar voltou a funcionar 5 minutos depois.

Organização Padrão Fifa.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Diário de Fort Worth - Ano 3 - Dia 6


Hoje tivemos uma aula para economista nenhum botar defeito: uma aula com 4 representantes do FED (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano) aqui de Dallas. O FED possui 12 Distritos, responsáveis por regiões específicas (foto).

A aula iniciou com a apresentação dos principais números da economia norte americana, entre eles inflação, crescimento, PIB e desemprego. Os speakers, entre eles um Secretário do Vice Presidente sediado aqui em Dallas, citaram pontos relativos à Grande Depressão de 1933 e como os americanos aprenderam a lidar com aquele cenário caótico, para não sofrer mais no “futuro”. Segundo eles, tudo o que foi aplicado de “melhoria” no sistema financeiro, evitou um colapso ainda maior na recessão de 2008, a qual durou 15 meses. Apesar de dura, foi bem menor que a depressão de 1933, a qual durou 48 meses.

No final da manhã, a turma foi dividida em 12 grupos, que ficaram responsáveis por cada um dos 12 Distritos do FED. A ideia era simular a apresentação do cenário econômico de cada Distrito, abrangendo campos como energia, salários e preços, agricultura, consumo, manufatura e construção civil. Ao final da dinâmica, cada grupo explicou o cenário da sua região. Conforme explicaram, é assim a dinâmica do FED para a publicação do chamado “livro bege” da economia americana. Foi uma grande experiência, ainda mais ouvindo da equipe do próprio FED.

À tarde, com um mediador da Cornerstone League, foram montados 5 grupos de trabalho para discussão em 5 painéis, de assuntos diversos de interesse das Credit Union: associados, gestão de talentos, inovação. 3 CEOs de Cooperativas do Texas participaram expondo as suas visões sobre cada um dos temas. A principal preocupação deles: como fazer para atrair os jovens, uma vez que os atuais associados estão envelhecendo? É um grande desafio mesmo, ainda mais se tratando de um público cada vez mais exigente.


Pessoal, por hoje é só. Amanhã as aulas serão de: Direito, Compliance e Filosofia de Negócios.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Diário de Fort Worth - Ano 3 - Dia 5

Bom, hoje tivemos 3 aulas: ética, retorno sobre investimento e planejamento de cenários.

Na primeira aula, de ética, apresentada pelo Dr. Shannon Shipp, destaque para

a) a ética não é uma opção. É dever de todos;

b) as pessoas têm que assumir uma postura ética para todas as coisas e assim seguir para todas as relações do seu dia-a-dia, sem exceções (por exemplo: agora sou ético, amanhã não. Não pode ser assim);

c) foi discutida também as questões relacionadas a presentes que os colaboradores ganham de associados e sua abordagem ética;

d) no entanto, um dilema ético envolverá escolhas e às vezes é necessário. As pessoas devem saber o impacto das suas decisões, quando tomar um caminho inapropriado das suas escolhas;

e) e por último, eles recomendam a assinatura anual do código de ética das empresas que têmno que eles chamam de “estabelecimento de um local de trabalho ético”. Isso é construção. Tem dois objetivos: reforçar o compromisso do colaborador com a instituição e também relembrar os conceitos e orientações contidas na política.

A segunda aula, sobre ROI (retorno do investimento), bem distante do que remete o conceito (finanças), é mais relacionada a “accountability”. O espírito é trazer os alunos para pensar próximo da sua Credit Union e o que podem fazer para contribuir cada vez mais com o seu desenvolvimento, uma vez que ela está investindo no seu desenvolvimento. Uma aula mais motivacional.

A aula de planejamento de cenários foi mais simples, com a aplicação de conceitos já conhecidos como balance score card, planejamento de curto e longo prazo.


Bom pessoal, por hoje é só. Volto amanhã com as aulas de: auxílio financeiro do FED para as Credit Unions daqui e visão, liderança e relacionamento na visão dos CEOs.

Abraço!

Diário de Fort Worth - Ano 3 - Dia 4

Na segunda-feira (14) as apresentações começaram pontualmente às 08:30h e todos estavam bem ansiosos por apresentar o seu trabalho. Na minha apresentação correu tudo muito bem. Em 25 minutos, consegui apresentar a ideia inteira do meu planejamento, despertando algumas dúvidas da turma, esclarecidas logo em seguida.

Destaques das demais apresentações dos outros 9 colegas do meu grupo:

a) a automatização de processos é uma constante aqui. Praticamente todos falaram em automatizar para ganhar eficiência. As Cooperativas que ainda não fazem dessa forma, querem possibilitar a abertura de conta, para citar um exemplo, em Smartphones. Outra colega aqui, propôs a criação de um App para a Cooperativa dela;

b)  outro colega propõe diminuir as agências a partir da condução dos associados para o Mobile, Internet, e outros canais, pois elas têm um custo muito alto (o que não é nenhuma novidade). Uma agência completa aqui, com terreno, prédio, e tudo, chega a custar 5 milhões de dólares. Isso porque as Unidades deles aqui são enormes, com todas as operações rodando num só lugar;

c) outra colega apresentou o projeto que ela chamou de “Gen Y”. O objetivo é atrair associados jovens, pois a idade média da Cooperativa dela é muito alta e está na hora de pensar no futuro da Cooperativa;

d) uma outra Cooperativa segmentada aqui conta com cerca de 1000 associados. A meta do colega é sair de 550 associados que usam o Mobile, para 850;

e) finalizando, um outro colega, VP de Contabilidade e Finanças, está propondo a criação de uma estrutura compartilhada para atender várias Cooperativas possibilitando ganhos de eficiência e escala.

Os próximos dias serão todos de aulas. Bora aprender mais um pouco com as Credit Unions aqui.

Abraço!

segunda-feira, 14 de julho de 2014

CUNA Presentation

Sim, fizemos o melhor para trazer o nome do Sicredi aqui para o Texas.

Apresentações finalizadas, mas ainda aprendendo muito com as Credit Unions aqui.

domingo, 13 de julho de 2014

sábado, 12 de julho de 2014

Diário de Fort Worth - Ano 3 - Dia 1

Pessoal, como sabem, estou fazendo um Pós em Fort Worth, TX desde 2012. Esse é o terceiro ano, o ano da apresentação do trabalho final e da graduação.

Saí do Brasil na quarta-feira (10) com 13 graus em Porto Alegre e cheguei em Dallas ontem (11) com 38 graus. Uma grande diferença. Chegamos bem cedo em Dallas, eu e outro colega, Thiago Coutinho, alugamos um carro e partimos direto para Fort Worth, pois à tarde tínhamos o primeiro compromisso da viagem: visita a uma Credit Union na região.

Perto das 2:00PM, chegamos na Cooperativa, acompanhados da representante da Cornerstone League, que agendou a visita pra gente. Uma brasileira boa praça, Cristina Lau, que está aqui nos Estados Unidos há quase 20 anos.

Antes da agenda principal com o CEO da Unity One Credit Union, uma Cooperativa segmentada do ramo ferroviário, com quase 30 mil associados, fomos levados a conhecer o museu da BNSF (Burlington Northern Santa Fe Railway) que é uma empresa que hoje reúne mais de 400 empresas ferroviárias que existem ou já existiram no país. É como uma empresa resultado das uniões, fusões ocorridas nos últimos 160 anos de história das ferrovias nos Estados Unidos. É a segunda maior empresa ferroviária dos Estados Unidos, ficando atrás apenas da Union Pacific. Em 2009, companhia gerida pelo investidor Warren Buffet comprou todas as ações da BNSF.

Entre tudo o que vimos na visita, seguramente posso citar a sala de monitoramento dos trens que percorrem o país o dia inteiro como o ponto mais legal.




Esse é o Network Operations Center, a área de monitoramento dos trens da Companhia. Funcionários monitoram nessa sala (o lugar mais seguro da região de Fort Worth) os 1500 trens que correm o país o dia inteiro, seja com mercadorias, seja com passageiros (o Amtrak). Há estações de trabalho com até 8 monitores, que fazem o acompanhamento diário de tudo o que podem imaginar, incluindo velocidade média dos trens, atrasos, etc… nesses telões gigantes.

Logo após a visita à BNSF, fomos até a Cooperativa para falar com o CEO. Fomos recebidos pelo Sr. Gary Williams, que nos explicou as estratégias da empresa para os próximos 3 anos. Destaque para  a elaboração do Planejamento Estratégico da Cooperativa, que foi baseado no livro do Brett King (Bank 2.0) - já citado aqui no Blog -, com o objetivo de aumentar os canais on line e reduzir esforços operacionais das agências. Conversamos quase 2 horas com o CEO, que nos explicou as 6 iniciativas estratégicas da Credit Union para os próximos anos. A automatização de processos é uma das prioridades para eles.

Na Cooperativa, além das excelentes informações colhidas durante a vista, gostei também da pipoqueira que eles têm logo na entrada da Cooperativa, para receber os associados. Daquelas de parque mesmo, bem tradicional.




Bom pessoal, por hoje é só. O sábado vai ser de preparação para a apresentação do trabalho final na próxima segunda-feira (14).

Abraço!

sábado, 28 de junho de 2014

Ramones: um foguete para a Rússia


O primeiro disco de vinil que comprei com a minha mesada, no ano de 1988, foi do TNT (o primeiro disco de uma das bandas que mais influenciaram o rock gaúcho nos anos 80). Lembro que foi uma festa só: escutava o lado A, depois o lado B, depois o lado A, quase todos os dias. O som dos caras era realmente bom. Mas não quero falar sobre o TNT agora.
O segundo disco da coleção foi o Rocket to Russia, dos Ramones, puxado por um hit chamado Surfin' Bird, a música dos caras que mais tocou nas rádios naquele ano.

Rocket to Russia foi gravado em 1977. Mas no Brasil, o estouro mesmo só ocorreu em 1988 justamente com Surfin' Bird. Na época, eu já tinha começado a ouvir outras bandas como Engenheiros do Hawaii, Paralamas do Sucesso, e por aí vai. Era uma coisa diferente da outra.

Mas tinha alguma coisa interessante naquele Rocket to Russia. Todas as músicas pareciam a mesma coisa: os mesmos acordes, as mesmas batidas. Exceto pelo ritmo, claro, e a voz de um cara chamado Joey Ramone, que variava bastante o tom a cada faixa. Depois de escutar o disco todo, várias vezes e conhecer cada faixa, fiquei sabendo que Surfin' Bird não havia sido criada pelos Ramones, mas sim pelo The Trashmen, que a banda tinha uns 6 ou 7 discos já lançados, e que aquele Rocket to Russia era o primeiro e único lançado no Brasil até então.

Em 1990 eu já conhecia boa parte do trabalho dos Ramones, todos os títulos e grande parte das faixas. Foi quando dei de cara com um vinil importado de Subterranean Jungle, de 1983, num Ramones quase irreconhecível em relação aos primeiros trabalhos. Àquelas alturas, já havia decidido: iria em busca de todos os títulos dos Ramones, para conhecer o trabalho inteiro de ponta a ponta.

Em 1991, em consequência do estrondoso sucesso dos anos anteriores, a SIRE e Warner Music do Brasil já haviam lançado mais 3 títulos: Ramones (o famoso "primeiro"), o Leave Home (o segundo) e Road to Ruin (o quarto), além do Rocket to Russia (o terceiro). Em 1998, comprei o último título que faltava para a coleção: Animal Boy. Era um título difícil de conseguir. Só importando mesmo.

Desde Rocket to Russia, conheci o trabalho completo dos Ramones, de ponta a ponta. Trabalhos em estúdio, discos ao vivo. Li livros, conheço parte da história, das brigas. 

Ah sim, Rocket to Russia marcou época: em 2003 foi colocado na posição 105 na lista da revista Rolling Stone, dos 500 melhores álbuns de todos os tempos.

Faixas de Rocket to Russia:


Cretin Hop
Rockaway Beach
Here Today, Gone Tomorrow
Locket Love
I Don't Care
Sheena Is a Punk Rocker
We're A Happy Family
Teenage Lobotomy
Do You Wanna Dance?
I Wanna Be Well
I Can't Give You Anything
Ramona
Surfin' Bird
Why Is It Always This Way